quarta-feira, 31 de maio de 2017

O Que É Gestão de Estoques? – Parte 2

Dado a importância estratégica do bom gerenciamento desta área, identificar a melhor forma de fazê-lo se faz necessário. A literatura mostra que para a administração dos estoques foram desenvolvidas algumas sistemáticas de reposição que podem ser admitidas pelas empresas de acordo com a sua melhor adequação.

Um sistema de reposição bastante disseminado na área de gestão de estoques  é o Sistema de Revisão Periódica de estoques.
Nesse sistema de controle de estoques, os volumes são repostos com uma frequência constante, denominada período de revisão e os lotes adquiridos são ajustados ao consumo previsto para o período subsequente, de modo que possa suprir a ocorrência de eventos como superestimação de consumo ou possíveis atrasos, considerando, portanto, um estoque de segurança.
Os estoques de segurança, também podem ser chamados de estoque isolador e têm como função proteger o sistema quanto as incertezas inerentes a demanda (D) e ao tempo de reposição (L).
Seu dimensionamento é função da variação da demanda que pode ser representada pelo desvio padrão (d) e pela variação do tempo de reposição que pode ser representada pelo desvio padrão (L).
Entretanto, a maneira pela qual se calcula os valores admitidos para o estoque de segurança pode variar em função da manutenção ou modificação dos tempos de reposição e demanda. Considerando como premissa que o fator “demanda” seja distribuído de forma normal em ambos os casos. Vejamos:
Demanda (D) seguindo distribuição normal e tempo de reposição (L) fixo
Neste caso, a expressão do estoque de segurança é:

Pode-se associar o nível de serviço desejado ao valor de Z da seguinte forma:

*Outros valores de Z poderão ser retirados das tabelas da distribuição normal.
Demanda (D) e tempo de reposição (L) variáveis acordo com a distribuição normal
Neste caso, a expressão do estoque de segurança é:
 
Figura 1: Exemplo de gráfico considerando Estoque de Segurança (ES)
Para validar a instituição do sistema de revisão periódica devem ser avaliados inicialmente: os estoques físicos existentes, o consumo de um determinado período, tempos de reposição do material (prazos para entrega) e os saldos de pedidos em andamento. (Ver Figura 2)
Figura 2: Exemplo de gráfico comportamental do consumo em Sistema de Revisão Periódica
As revisões devem ser calculadas individualmente para cada produto. O equilíbrio para a adoção desses parâmetros faz parte de uma análise sensível e que deve levar em consideração importantes variáveis internas e externas à organização.
Deve-se lembrar que cada produto/ material vai apresentar um período mais adequado para o tempo de revisão assumido considerando seu comportamento em relação ao consumo, volume de compra e giro de estoque. Algumas definições importantes são:
Lote de compra ou quantidade de compras (QC) – representa o volume de unidades pedidas a cada reabastecimento.
Estoque máximo (EM) – limite de mercadorias a ser estocado.
Estoque físico existente (E) – quantidade inventariada de produtos no chão de fábrica.
Período de revisão (IR) – intervalo de tempo fixo onde são realizadas as verificações do estoque.
Demanda (D) – número de produtos requisitados pelos clientes externos na unidade de tempo considerada
Lead time de compra (LT) – tempo desde a colocação do pedido de compras até a chegada do material no estoque
Estoque de Segurança (ES) – volume mínimo utilizado como “garantia”.
Logo, para determinar a quantidade a ser adquirida (QC), faz-se:
QC = EM – E
Sendo que, o valor para estoque máximo admitido deve considerar o consumo, ou seja, o lead time da compra, além do período de revisão do estoque e o montante de estoque de segurança, conforme a seguir:
EM = D(IR+LT) + ES
No próximo post da série sobre Gestão de Estoques, falaremos sobre “Sistema de Revisão Contínua”. 
 Fonte: Brain Engenharia – https://www.brainengenharia.com/single-post/2017/01/18/Gest%C3%A3o-de-Estoques
Copiado: http://universidadeestoque.com.br

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