segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Postura do Líder diante de uma Crise

Até três anos atrás o empresário Eike Batista estava à frente de um grupo de empresas respeitadas, era considerado o grande símbolo do Brasil que dá certo e previa se tornar o homem  mais rico do mundo até 2015.
Contudo, em 2012 suas empresas deixaram de cumprir prazos e de atingir metas, gerando um pessimismo generalizado que afastouinvestidores e causou uma queda estrondosa no valor das ações do grupo. 
Resultado: o castelo de areia ruiu.
Esse exemplo pode estar longe da sua realidade, mas muitas outras empresas de pequeno e médio porte no Brasil passam ou passarão por crises e transformações significativas, já que a competitividade e a exposição aos riscos são inevitáveis para quem está à frente de uma companhia nos dias atuais.
Infelizmente, muitos gestores se trancam em seu mundo quando estão diante de uma crise e não sabem como solucioná-la.Abandonam as pessoas e quando percebem o equívoco, além de inúmeros problemas relacionados ao negócio, agora têm de lidar também com pedidos de demissão de alguns dos membros da equipe e a correção dos trabalhos malfeitos de quem estava motivado para ajudar mas totalmente perdido. Ou seja, sua ausência só contribuiu para que a dor de cabeça aumentasse.
Em tempos de crise o líder precisa demonstrar sua capacidade de superar desafios, manter a equipe próxima de si e ser um hábil comunicador a fim de minimizar os impactos negativos do momento presente. Não pode permitir que a equipe sinta as suas dores, porém também não deve tratá-la como se nada estivesse acontecendo.
Líderes eficazes superam tempos de crise mais facilmente porque têm ao seu lado pessoas preparadas para vencer grandes desafios. Gente que foi talhada no período de bonança para brilhar exatamente quando o contexto exige que elas atuem diante de incertezas crescentes, afinal não dá para pensar em capacitar a tropa quanto a guerra já foi iniciada!
É claro que nos períodos turbulentos tudo acontece mais rápido e as decisões – especialmente as equivocadas – parecem ter um peso muito maior, mas por outro lado são estes momentos que lhe permitem demonstrar sua real competência. Nos tempos de paz é difícil sabermos se um gestor é bom ou apenas alguém de sorte.
Charles Darwin disse que “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Portanto, quanto mais cedo você consegue se antecipar aos possíveis problemas, mantém seu radar atento às variáveis do setor no qual atua e tem por hábito desacomodar sua equipe de tempos em tempos, menores são as probabilidades de enfrentar processos traumáticos.
Não pretendo fornecer uma receita para enfrentar crises, mas se puder dar um conselho aos líderes, gostaria de reforçar a necessidade de formar uma equipe preparada para atuar no sucesso e também na crise, com pessoas capazes de encontrarem soluções ou alternativas, mesmo diante de uma grande pressão. Isso é nada mais que criar e disseminar na sua equipe a cultura de superar-se sempre. 
Há quem diga que liderar quando as coisas vão bem é fácil, o difícil é liderar diante de uma crise. Eu prefiro pensar nos dois casos é necessário atingir os objetivos com a equipe e estar preparado para os constantes desafios.

Fonte: Flávio Moura  - http://www.qualidadebrasil.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário