sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Não existe diferença entre o “certo” e o “errado”


Você, eu e toda a população mundial só faz o que é certo. Se você pensar bem, ninguém faz o que é errado. 

Concorda? Não? Então vou te provar
Antes que você diga que eu estou “errado”, vou lhe dizer que estou totalmente “certo”.
Se analisarmos que são duas palavras no nosso dicionário, elas são completamente iguais. Se analisarmos que são dois adjetivos, também são iguais. Que são dois "rótulos", a mesma coisa.

Se você passou por um relacionamento, um negócio ou um projeto que “não deu certo”, fique tranquilo, pois ele deu “certo”!

Todas as coisas que você fez, ou que você faz, na sua vida deram “certo” e são "certas".

Quando você tomou alguma decisão naquele relacionamento, naquele negócio ou naquele projeto que “não deu certo”, você estava tomando uma decisão que, no seu entendimento, era “certa”. Correto? Então, tudo que você faz é “certo” e ninguém pode mudar isso. Ninguém faz algo “errado”. Você pode fazer coisas que a sociedade, como um todo, considera “erradas”, mas você, na sua intimidade, privacidade de livre arbítrio, considera que está fazendo o “certo”. Então é “certo”.

Quer um exemplo?

O que você acha que um bandido pensa quando realiza um assalto? Por mais que todos nós saibamos que essa atitude é “errada” do ponto de vista da maioria das pessoas, o bandido crê, realmente, que está fazendo o “certo”. Ele tem a sua justificativa para ter aquela atitude, então, ela é “certa”, na opinião dele.

Entendeu? Todos nós só fazemos o “certo”. Mesmo que seja “certo” só para nós mesmos.

O julgamento das outras pessoas é que pode tentar transformar o conceito daquilo que fazemos, mas no fundo, tudo é “certo”.

Você deve estar pensando que, então, devemos aceitar a atitude de um bandido que furta ou mata alguém? Óbvio que não. O ponto que levanto neste artigo não é sobre o que a sociedade deve ou não aceitar, e sim, sobre o paradigma do que é considerado “certo” e o que é considerado “errado”.

O conceito “errado”, por exemplo, serve para agrupar atitudes que a maior parte da sociedade não concorda. Mas como comentei acima, para o indivíduo que teve aquela atitude considerada “errada” pela sociedade, aquilo foi “certo”, naquele momento. Ele pode até se arrepender depois, mas o arrependimento (vou falar de arrependimento em outro artigo) em si, não muda o conceito de “certo” que ele tinha quando praticou a ação.

Vamos a um outro exemplo prático e talvez, polêmico:

Todos nós, em algum momento das nossas vidas, já fizemos algum tipo de avaliação, seja na escola, disputando um concurso público, conquistando ou renovando a carteira de habilitação, enfim, já tivemos que responder uma série de perguntas, às quais serviram para nos avaliar em um determinado assunto.

Agora pense comigo – no momento em que você estava respondendo as perguntas, você tinha absoluta certeza que estava fazendo o “certo”, ok? Para ficar claro, eu não afirmei que você tinha absoluta certeza de que a resposta estava “certa”, mas sim, que você tinha certeza que a atitude “certa” naquele momento era marcar aquela determinada resposta. Mesmo que você estivesse “chutando a resposta”.

Se, para você, aquilo era o “certo”, porque alguém pode considerar sua resposta “errada”?

Complicado de entender este ponto de vista? Vou aprofundar um pouco mais.

No momento em que você estava realizando a avaliação (prova), era só você e ela, e ninguém mais. Por isso, nada do que você fez, naquele momento, poderia ser considerado “errado”, pois a decisão era única e exclusivamente sua, e, a sua decisão sempre é fazer o você considera “certo”. Desta forma, ninguém poderia lhe contrariar, afirmando que as suas respostas estavam “erradas”.

Meio louco isso, né?

Leia novamente e reflita pra ver se eu não estou “certo”.

A mesma relação pode ser feita para:

“Rico” e “Pobre”
“Bonito” e “Feio”
“Sucesso” e “Fracasso”
“Alto” e “Baixo”
“Gordo” e “Magro”

Tudo é conceito e tudo é uma questão de perspectiva.

Claro que a sociedade não funciona assim e se isso fosse realidade poderíamos ter um caus.
Talvez esteja na hora de repensarmos o conceito de “certo” e “errado” e avaliar as pessoas de outra forma. Quais? “Pela intenção”, por exemplo. Mas vou falar sobre isso em outro artigo.

Um grande abraço!

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