terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Arranjos Produtivos Locais: Um Modelo Produtivo Inovador

Face às mudanças no cenário mundial globalizado, os arranjos produtivos locais surgem como alternativa eficaz para o desenvolvimento social e econômico
Nas últimas décadas o cenário mundial empresarial vem sofrendo grandes mudanças, influenciado fortemente pelo acelerado processo de globalização. 

Face a essas mudanças, há a necessidade de se estabelecer um novo modelo de desenvolvimento da produção que seja capaz de proporcionar o desenvolvimento social e econômico por meio do aproveitamento das vocações regionais locais, focado nas inter-relações empresariais, na cooperação, nas médias, pequenas e microempresas e no acesso a novos mercados.

A globalização é o processo de integração mundial que está ocorrendo em quase todos os setores expressivos da sociedade, provocando mudanças em relação a diversos aspectos econômicos e sociais, pode-se observar formação de blocos econômicos, significativa interdependência econômica entre nações, mudanças no fluxo de capitais internacionais, queda de barreiras tarifárias e, sobretudo, o grande avanço tecnológico.


Entre os diversos tipos de redes relacionais, destacam-se os chamados clusters ou Arranjos Produtivos Locais (APL), formados por micro, pequenas e médias empresas, e sustentados pela capacidade inovadora/empreendedora e tecnológica em um território produtivo.



Desde 1910, já se havia identificado as vantagens advindas das organizações produtivas “clusterizadas” – distritos industriais na Inglaterra, porém este tema começou a ficar conhecido como importante estratégia de desenvolvimento local, no meio científico mundial, após 1982, quando estudiosos norte-americanos começam a dedicar atenção aos clusters industriais e às comunidades locais de aprendizado.



Este modelo de produção está intimamente ligado à constituição de formas de cooperação. Por meio de modernas tecnologias de informação e comunicação, este arranjo produtivo tem conseguindo atender de forma efetiva às novas demandas de consumo flexível e personalizado, advindas dos processos de produção flexível baseados nas inter-relações empresariais nos aglomerados produtivos.



Com ganhos positivos inerentes a uma economia de aglomeração como a otimização de recursos, aumento da capacidade de produção, acesso à tecnologia, melhoria da capacidade inovadora, obtenção de crédito e penetração em novos mercados, as estruturas produtivas organizadas em redes de empresas e instituições passam a obter vantagens comparativas significativas na disputa por mercados nacionais ou mundiais.



Os governos, em todas as suas esferas, podem estabelecer um papel relevante na dinamização destas estruturas produtivas, potencializando suas vantagens comparativas, estabelecendo políticas efetivas, sobretudo de incentivo à pesquisa e desenvolvimento e à capacidade inovadora e empreendedora.



Países como a Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Grécia, Portugal, Bélgica, Japão, Estados Unidos, Austrália, Coréia do Sul e Índia vêm estabelecendo políticas de desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas com base na dinamização de APL. 

Autor: Renato Dias Regazzi
Fonte: Sebrae/NA

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