quarta-feira, 18 de abril de 2012

O paradigma do planejamento estratégico


O estudo sobre o uso do planejamento estratégico nas firmas teve seu início em 1952 com Peter Drucker com Administração Por Objetivo - APO - professor da faculdade de Harvard nos Estados Unidos. Outros pesquisadores têm analisado por que uma firma tem mais lucratividade do que outras que atuam na mesma indústria. Como o ambiente – interno e externo – mudam constantemente era necessário elaborar uma ferramenta que pudesse analisar estas variações, surge no início de 1960 a ferramenta SWOT análise, que tem como objetivo identificar as ameaças e as oportunidades do mercado e os pontos fortes e os pontos fracos da firma em relação aos seus concorrentes.

Um dos pesquisadores que têm se dedicado a análise da vantagem competitiva das firmas é o professor da Faculdade de Harvard – Michael Porter – que escreveu entre vários livros e artigos acadêmicos os livros:
  • a) Estratégia competitiva 1980;
  • b) Vantagem competitiva 1985;
  • c) Em competição 2008.
Não menos importantes, também pesquisador e professor da Faculdade de Harvard são Pankaj Ghemawat e Jay Barney.
Enquanto que Michael Porter tem defendido o Market Base View –MBV – o Jay Barney defende o Resource Base View – RBV – através da análise do VRIO, onde V = Valor; R = Raridade; I  = Imitabilidade; O = Organização

Na década de 1970 surge a matriz Boston Consulting Group – BCG, para analisar o portfólio de produtos de uma firma em relação à sua participação no mercado onde ela atua. Na mesma década surge uma nova ferramenta denominada matriz GE, a qual tinha como objetivo analisar mais parâmetros da atratividade da indústria onde a firma atua e os pontos fortes da firma. Em meados da década de 1990 surge nova ferramenta desenvolvida por Kaplan e Norton também da faculdade de Harvard, para medir a evolução do desempenho da firma, denominado Balanced Scorecard - BSC.

No artigo acadêmico – Métodos para avaliar a postura estratégica - escrito por Azevedo e Costa 2001, analisam as vinte e uma ferramentas para avaliação da postura estratégica de uma firma, outro pesquisador brasileiro que tem atuado nesta área e escrito artigos acadêmicos sobre o assunto é o professor Flávio Vasconcelos da FGV.

O desafio é gerar valor a firma por meio da implantação do planejamento estratégico, a questão é que se esta ferramenta é tão boa, por que as firmas não as utilizam? Esta é a pergunta de muitos executivos.

Alguns pesquisadores afirma que não basta analisar o ambiente onde está inserido a firma e fazer o planejamento estratégico, é necessário quebrar os paradigmas interno da firma, bem como identificar quais são as pessoas que irão ajudar a implantar esta nova ferramenta. Ao diagnosticar  a razão do insucesso na implantação do planejamento estratégico encontramos os seguintes pontos:
  • a) incapacidade de gerenciar mudanças e superar conflitos internos;
  • b) estratégia conflitante com a estrutura de poder existente;
  • c) falta de comunicação dos responsáveis do projeto;
  • d) falta de entendimento dos benefícios desta ferramenta pelos usuários;
  • e) falta de comprometimento da alta direção da firma;
  • f) ausência de uma metodologia que direcione os esforços para implantação.
De acordo com os dados do SEBRAE, 40% das empresas fecham no terceiro ano de existência, e ao analisar a razão do fechamento podemos observar que estas empresas não analisaram corretamente o ambiente bem como não se preocuparam com a implantação de um planejamento estratégico em sua empresa.

Por: Anselmo Buttner -http://www.qualidadebrasil.com.br

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